Muito se engana quem entende a entrega de uma identidade como o ponto de chegada. Na realidade ela é a partida de um processo de implementação para que as expressões da marca sejam assimiladas. Como designers, cabe a nós garantir que o cliente absorva a essência da marca e explore todo seu potencial.
Na 9ª edição da Pororoca Megalo, Thais Fonseca, Head de Estratégia da Marcas com Sal, trocou conosco um pouco de sua experiência na construção de cultura e implementação de marcas.
Entregar o brandbook com as soluções e orientações para uso da marca pode ser motivo pra comemorar com sua equipe, mas não se esqueça que para o cliente é apenas o começo!
As marcas se tornaram organismos complexos e vivos. Seus sistemas não possuem começo nem fim definidos, mas etapas e rituais contínuos. É necessário criar essa cultura — internamente e no cliente.
É importante entender a maturidade do cliente com branding e promover a aproximação e capacitação dos times que não são do design. Esse suporte pode criar trocas multidisciplinares que enriquecem a ideia de projeto perene que a marca deve ser.
Mais enriquecedor do que tentar impressionar o cliente na apresentação, é incluí-lo de forma multidisciplinar no decorrer do projeto. Isso enriquece a entrega e engaja todos os envolvidos!
Projetar marcas é pensar sistemicamente. Envolva a liderança na discussão e construção de uma cultura. Sua implementação deve ser encarada como uma constante.
Leve em consideração os interesses e recursos do cliente na hora de desenhar o projeto. Seja coerente.