O que alimenta seu repertório?

A criação é (também) processo de pesquisa, e nem só de Behance vive um designer gráfico. A arte, a educação e a cultura são ferramentas na evolução das técnicas e do olhar.

Na 12ª edição da Pororoca, Leopoldo Leal, doutor em design e arquitetura pela FAUUSP, bateu um papo com a gente sobre a importância da busca pelo conhecimento e da experimentação nos processos de design.

 

Edição / Data

12ª EDIÇÃO_13.10.2020

Convidado

Leopoldo Leal atuou como designer em grandes escritórios e hoje é professor na pós-graduação do Senac e na EBAC. Sua tese de doutorado pela FAUUSP – Pandemonium, foi selecionada para o Type Directors Club de Nova York (TDC66) e conquistou diversos prêmios entre eles o 1º lugar no Prêmio do Museu da Casa Brasileira, 13º Bienal da ADG e o Brasil Design Awards 2020. Em 2008 lançou o livro “A Ilha Tipográfica” com o apoio da prefeitura de São Paulo.

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Processos criativos

Um resumo do que rolou

Fazer é aprender

Mais que conhecimento técnico, o design é uma disciplina prática: só se aprende fazendo.

 

Inspiração x experimentação

Reduzir o processo criativo a um momento isolado e mágico, como uma lâmpada que se acende, é uma noção romântica e limitada. A criação é um exercício constante e muitas vezes caótico.

 

Imitar pode ser um bom começo

Encontrar referências e tentar entendê-las pode ser um caminho interessante para desenvolver linguagem e repertório próprios.

 

É como andar de bicicleta

A repetição de uma prática leva os nossos projetos a outro nível. Porém, esteja atento(a) para não automatizar esse processo: experimente e reinvente o uso das ferramentas e recursos.

Invista em projetos pessoais

O hábito de explorar suas competências fora do horário comercial pode ser libertador e gerar bagagem para desenvolver os trabalhos do dia a dia, com demandas e prazos determinados.

 

Autocrítica, crítica e mentoria

A repetição não é garantia de evolução. É preciso exercitar a autocrítica e reconhecer os erros como oportunidades de crescimento. A orientação de um mestre facilita o aprendizado constante e o refinamento das técnicas e do olhar.

 

Dez anos ou dez mil horas?

A autonomia tem papel fundamental no alcance de um alto desempenho. Um especialista coleciona informações e experiências significativas em seu repertório, podendo recorrer a ele sempre que necessário. Dez anos, ou dez mil horas de prática intensa formam um especialista. E o fator mais importante para tornar-se um é a motivação.

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