A identidade visual, a expressão mais tangível da marca, é classicamente caracterizada pela estabilidade, uniformidade, fácil identificação e reconhecimento. Porém, no contexto atual, cada vez mais observamos identidades flexíveis que questionam esses cânones, apontando para caminhos mais abertos e dinâmicos.
Na 16ª edição da Pororoca, Jair Alves, mestre em design e professor das universidades Mackenzie e Senac, bateu um papo conosco sobre identidades visuais flexíveis, resgatando indícios deste comportamento ao longo da história do design até o contexto atual.
Consistência; Estabilidade; Padronização; Unificação; Eficácia
É nas revistas onde encontramos maiores evidências de identidades flexíveis, tendo em vista que eram mídias capazes de propagar conhecimento de forma popular e efêmera. Havia uma maior liberdade criativa e menor concorrência, comparada à realidade atual. A mesma revista publicava projetos de diferentes artistas, e para cada edição produzia-se uma matriz litográfica.
No começo do século vemos outras evidências: a evolução digital começa a tomar forma, seja na computação gráfica, na programação ou na arte regenerativa. Um bom exemplo dessas mudanças é a identidade do metrô de Londres: projeto que foi além do logotipo e desenvolveu um sistema de cores, tipografia e sinalização para o universo da marca, incluindo até mesmo o estofado do interior dos trens.