As restrições impostas pelo momento que enfrentamos mudaram a maneira que interagimos com o mundo. As atividades culturais, assim como outras tantas, migraram para as telas. Surpreendentemente, essa movimentação parece ter sido acompanhada de um maior interesse por esses conteúdos. O que essa mudança de hábitos sugere? Quais predições as pesquisas nos apontam? Quais são os impactos desse fluxo para o mercado do design?
Na 22ª edição da Pororoca, Jader Rosa, designer, mestre em multimeios e gerente do Observatório Itaú Cultural, bateu um papo conosco sobre as mudanças de hábitos culturais impulsionadas pela Covid-19, trazendo dados e indicadores.
Nessa edição da Pororoca, Jader Rosa nos apresenta os dados da pesquisa “Hábitos Culturais II”, realizada pelo Itaú Cultural, em parceria com a DataFolha.
Obter informações sobre os hábitos culturais da população, pós-pandemia da Covid-19.
– 2.276 entrevistas;
– Média de 38 anos de idade;
15 % norte e centro-oeste,
26% no nordeste,
43% no sudeste,
16% no sul.
28% A/B
45% C
27% D/E
66% Trabalha,
21% Têm nível superior.
18% tiveram covid-19, 5% em 2020
76% dos entrevistados acessam a internet diariamente.
Crescimento de 5 pontos percentuais em relação a 2020.
Ouvir música, filmes e séries, jogos eletrônicos são as atividades que se mantiveram em alta desde o início da pandemia.
Música: aumento de 74% (2019) → 79% (2020)
Filmes e séries: aumento de 68% (2019) → 75% (2020)
Jogos eletrônicos: aumento de 32% (2019) → 43% (2020)
Apresentações artísticas (música, teatro, dança): 20% (2019) → 40% (2020)
Webinars: 30% (2019) → 23% (2020) [Essa queda pode ser interpretada como um indicativo de cansaço]
Média de 80% afirmam ter adquirido o hábito de consumir cultural de forma digital e pretendem mantê-lo.
57% afirmam que seu interesse por atividades culturais on-line aumentou.
72% afirmam que a disponibilização do conteúdo on-line durante a pandemia permitiu que tivessem acesso a atividades culturais que, de outra forma não teriam.
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Contato pessoal 37%
Mais emoção de assistir presencial 13%
Para sair da frente do computador 10%
Comodidade, flexibilidade de horário 25%
Segurança (física e saúde) 13%
Localização, para evitar deslocamentos 11%
36% dos entrevistados relataram problemas de saúde mental com algum morador em sua casa nos últimos 6 meses.
63% informam que a pessoa com problema de saúde mental procurou tratamento.
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44% Melhorou sua qualidade de vida
48% Diminuiu o estresse e a ansiedade
55% Melhorou seu relacionamento com as outras pessoas da casa
57% Seu interesse por atividades culturais on-line aumentou
72% A disponibilização de conteúdo on-line durante a pandemia permitiu que tivesse acesso a atividades culturais que, de outra forma eu não teria
49% Diminuiu a sensação de solidão
51% Diminuiu a sensação de tristeza
32% dos entrevistados realizaram cursos livres
Desse montante, 35% fizeram cursos síncronos, 45% assíncronos e 37% autoformativos.
Maior adesão entre entrevistados entre 25 a 34 anos.
43% Ampliação de conhecimento / repertório
41% Qualificação profissional
33% Desenvolvimento pessoal
24% Computação
22% Línguas
37% notebook
36% celular
22% computador de mesa