Para além do aspecto comercial, o design gráfico pode ser um campo para explorar inquietações e colocar em prática o exercício da síntese e da experimentação. Qual papel ele pode ter enquanto interface com a sociedade e suas demandas? Como o design, mesmo com um simples cartaz, pode ser uma ferramenta de transformação e impacto social?
Na 19ª edição da Pororoca, Johnny Brito, designer gráfico e ilustrador autônomo com trabalhos reconhecidos pela Bienal Brasileira de Design Gráfico, Bienal Iberoamericana de Diseño, Exposição ADG 30 anos, Latin American Design Awards e Prêmio Bornancini de Design, bateu um papo conosco sobre papéis extracomerciais do design.
Ellen Lupton, no livro The designer as producer discute o designer como um produtor que precisa se apropriar e navegar pelo seu conteúdo para que possa produzir criticamente nos sistemas sociais, estéticos e tecnológicos.
Chico Homem de Melo, no livro A gráfica da ação: Os cartazes desta História diz: “Se a revolução é feita nas ruas, é para as ruas que a gráfica militante deve ir: assim nasce o cartaz político.” Já Heller nos alerta sobre a responsabilidade social em contraponto ao mercado de consumo e afirma que “o designer deve ser profissional, cultural e socialmente responsável pelo impacto que seu design tem sobre a cidadania.”